O aquecimento é uma das partes mais importantes de qualquer treino ou competição — e, paradoxalmente, uma das mais negligenciadas. É o momento que prepara o corpo e a mente para o esforço físico, reduzindo o risco de lesões e melhorando o desempenho. No entanto, muitos atletas cometem erros simples que comprometem a eficácia desta fase essencial.
Um dos erros mais comuns é não dedicar tempo suficiente ao aquecimento. Alguns minutos de corrida leve ou movimentos rápidos não são suficientes para preparar músculos, articulações e sistema cardiovascular. O corpo precisa de uma transição gradual para o esforço — o aquecimento deve ser progressivo e adaptado à intensidade do treino que se segue.
Outro erro frequente é fazer alongamentos estáticos antes do treino. Manter o corpo imóvel em posições de alongamento pode reduzir a força momentânea e a capacidade de reação muscular. O ideal é optar por movimentos dinâmicos, que ativam os músculos de forma funcional e simulam os gestos que serão utilizados durante a sessão.
Também é comum ignorar partes do corpo menos evidentes, como tornozelos, pulsos ou ombros. Um bom aquecimento deve envolver o corpo inteiro, pois mesmo as áreas que parecem “secundárias” influenciam a técnica e o equilíbrio.
Outro erro é transformar o aquecimento num treino em si. O objetivo não é cansar o corpo, mas prepará-lo. Um aquecimento demasiado intenso pode causar fadiga precoce e afetar o rendimento.
Por fim, há quem o veja apenas como uma rotina obrigatória, feita de forma mecânica. O aquecimento também tem um componente mental — é o momento para focar, ajustar a respiração e preparar o cérebro para o desafio.
Em resumo, o aquecimento não é um detalhe — é o primeiro passo para um treino eficaz e seguro. Feito corretamente, melhora o desempenho, previne lesões e prepara o corpo para dar o seu melhor.