O desporto é feito de treino, estratégia e talento — mas, para muitos atletas, há também algo que escapa à lógica: as superstições. São pequenos rituais, gestos repetidos ou objetos que ganham significado especial antes de cada jogo, prova ou competição. E, por mais irracional que pareça, esses hábitos são parte da identidade de muitos campeões.
Alguns atletas acreditam em rituais de sorte desde o início da carreira. Há quem entre sempre com o pé direito em campo, vista o equipamento por uma ordem específica, ou escute a mesma música antes de cada partida. Para eles, quebrar essa rotina é quase impensável — como se o desempenho dependesse também desse equilíbrio psicológico.
Outros confiam em talismãs pessoais. Pode ser uma pulseira, uma medalha, uma fita no braço ou até um simples pedaço de tecido guardado no bolso. Esses objetos funcionam como âncoras emocionais, trazendo confiança e foco. A ciência explica: o cérebro associa o talismã a momentos de sucesso e, assim, cria uma sensação real de segurança.
No ténis, no futebol, no atletismo ou na natação, há exemplos de todos os tipos. Alguns jogadores só entram em campo depois de tocarem o relvado três vezes, outros fazem o sinal da cruz, e há quem não mude de chuteiras enquanto estiver a vencer. No fundo, cada gesto é uma forma de controlar o incontrolável — de transformar o medo em confiança.
Essas pequenas manias, longe de serem fraquezas, revelam o lado humano do desporto. Mostram que, mesmo entre os melhores do mundo, existe espaço para crenças, rituais e emoções.
Porque, no fim, o desporto é mais do que força e técnica — é também coração, fé e um toque de superstição.